• Arquipélagos, ilhas, ilhéus e afins...!
    Um arquipélago (ar-qui-pé-la-go) é um grupo de ilhas.
  • Arquipélagos, ilhas, ilhéus e afins...

    A geografia está a dar cabo de ti? Fazes ideia sobre que diabo o teu professor está a arengar?

    Ar-qui-pé-la-go

    Um arquipélago (ar-qui-pé-la-go) é um grupo de ilhas. É de facto tão simples como isto. O problema é que os geógrafos odeiam usar uma simples palavra como «grupo», quando podem usar um complicado termo técnico como arquipélago. A razão porque o fazem é um mistério.

    Podes encontrar um arquipélago num mapa (aquela coisa grande de papel pendurada na parede por trás do teu professor. Para o caso de estares na dúvida). A propósito, o maior arquipélago do mundo é a Indonésia. É constituído por mais de 13.600 ilhas e ostenta 47.000 quilómetros de costa. A tua professora vai ficar de boca aberta por saberes isto e, provavelmente, nem te vai marcar trabalhos de casa durante uma semana!

    Apesar das palavras finórias que nos obrigam a enrolar a língua, algumas partes da geografia são maravilhosamente extravagantes e excitantes. Algumas ilhas estão a milhas de distância de qualquer lugar e constituem o local perfeito para se fugir de tudo. São ideais para relaxares depois de um longo e difícil dia a olhar para fora da janela na escola. Mas, se não podes ir para uma ilha a sério, porque não fazeres uma só para ti?

    Vai para o jardim e despeja uma ou duas carradas de terra arenosa no meio do relvado. Planta um par de palmeiras (as plantas altas em vasos servem para isto). Cava um fosso à volta da orla da tua ilha. Cuidado para não caíres lá dentro. Agora agarra na mangueira e enche a vala com água para fazeres o mar. (OK, tens de usar a tua imaginação para esta parte). Parabéns! És agora o orgulhoso proprietário de uma muito tua ilha deserta. Bom, quase. Arranja uma cadeira de lona e uma grande bebida gelada e refresca-te.

    Uma ilha privada...

  • O que são ilhas...?

    Estritamente falando, uma ilha é um pedaço de terra rodeado por água. O.K., portanto não tens de ser um geógrafo genial para perceber isto. Mas as ilhas são muito mais do que aquilo que se vê.

    Antes de mais nada, como é que aquelas ilhas incríveis apareceram? Estás bem sentado? Há muito tempo atrás, não havia lições horríveis de geografia nem professores de geografia. (Que sorte, hem?) Em vez disso, as pessoas inventavam histórias para dar sentido ao mundo à sua volta.

    Ilha deserta...

     

    Aqui tens algumas das suas loucas teorias…

    As pessoas no Havai e na Nova Zelândia acreditavam que o deus Maui puxava as ilhas para fora do mar. Mas atenção, ele não tinha intenção de o fazer. Na verdade, andava numa pes­caria e julgou ter apanhado um peixe monstruoso. Bom, seja como for, a história prendia as pessoas.

     

     

     

    Numa história sobre a Ilha da Páscoa, o deus Uoke teve um terrível ataque de mau génio. Na sua raiva, arrancou as ilhas do Pacífico, uma a uma, com a sua alavanca gigante, e atirou-as para longe. Mas quando che­gou à Ilha da Páscoa a alavanca partiu-se e o rabugento deus fugiu, deixando a ilha da Páscoa sozinha plantada no meio do sudeste Pacífico.

     

     

     

     

    As pessoas no antigo Japão culpavam dois deuses, Izanagi e Izanami, de terem criado o seu país. Diz a lenda que esta­vam num arco-íris no céu e remexiam o mar com uma lança cravejada de jóias. Quando puxaram a lança para fora, as gotas de água formaram as ilhas japonesas. Fácil, fácil.

    Deus Maui

    Deus Uoke

    Japão

  • As ilhas oceânicas

    Localização: longe… no meio dos Oceanos

    Como surgem…

    Estas ilhas têm a cabeça horrivelmente quente. São os cumes de violentos “vulcões que irrompem do fundo do mar. O que sucede é isto: Lembras-te dos continentes à deriva? Pois bem, a crosta dura da terra não é uma simples e única laje de rocha. Está fendida em sete grandes porções (e muitas porções mais pequenas), chamadas placas, e que são como peças de um puzzle gigante.

    Mas estas placas gigantes não se limitam a estar para ali entretidas com os seus botões. Mete isto na tola. Vagueiam ou flutuam por ali sobre uma camada de rocha viscosa e quente chamada magma que se encontra sob a crosta terrestre.

    Normalmente, não consegues sentir as placas a deslocarem-se, por isso não te preocupes, não vais cair. Mas às vezes chocam umas com as outras com resultados explosivos. Existem dois sítios, em especial, onde as chispas podem realmente voar.

    Em alguns sítios, duas placas do solo oceânico em deterioração começam a separar-se. Começam a puxar com força, força e mais força, até que… CRAAAC! O solo oceânico fende-se sob o esforço. Então, o magma incandescente, mole e vermelho infiltra-se para encher a fenda que se criou. Quando entra em contacto com a água fria arrefece e transforma-se em rocha dura.

    Este processo forma longas cadeias de maciças montanhas suba­quáticas e vulcões no meio dos oceanos. Os cumes de alguns dos vulcões espreitam para fora enquanto ilhas, como a Islândia e os Açores.

    Bem lá no fundo…

    Noutros sítios, duas placas atiradiças colidem. Uma placa de crosta de solo oceânico é empurrada para debaixo da outra e volta a fundir-se com a terra. A placa que se sobrepõe eleva-se então até à superfície para formar uma longa e arqueada cadeia de ilhas, como o Japão e a Indonésia, nas orlas dos oceanos. Os geógrafos da crosta terrestre chamam-lhes ilhas de arco e, efetivamente, são lugares periclitantes para se viver. Todo este empurrar e comprimir despoleta violentas erupções vulcânicas e arrasadores tremores de terra.

    Puzzle gigante

    Magma

    Rocha dura

    Ilhas!

    Empurra e comprime...

     

  • As ilhas vulcânicas

    As idílicas ilhas do Havai, no Oceano Pacífico, são ilhas oceâ­nicas como a Islândia e o Japão. E, como tal, mais não são que os cumes de grandes vulcões que irrompem do solo oceânico. Mas formaram-se de maneira diferente. Os geó­grafos chamaram-lhes vulcões das zonas quentes, devido à forma como as ilhas se desenvolvem.

    1. Um fluxo de magma eleva-se do interior profundo da Terra. Abre um buraco na crosta do solo oceâ­nico para formar uma zona quente. A zona quente por baixo do Havai tem cerca de 320 quilómetros de largura e situa-se a cerca de 60 quilómetros abaixo do nível do mar.

    Magma

    2. Quando o magma borbulha para cima através do buraco que formou, transforma-se em rocha sólida. Depois acumula-se, e acumula-se, e acumula-se e forma um violento vulcão. Se o vulcão crescer o suficiente, irrompe à superfície do mar como uma ilha de zona quente. Mas não te assustes. Isto leva milhões e milhões de anos.

    3. Com o decorrer dos anos, a zona quente mantém-se no mesmo sítio enquanto que a placa de crosta desliza lentamente por cima dela. Quando o faz, o magma abre novos buracos no solo oceânico para criar outros vulcões novinhos em folha. É um pouco como estar numa correia transportadora vulcânica gigante.

    4. Desde que os vulcões se mantenham perto da zona quente, há magma suficiente para os fazer irromper e continuam a crescer novas ilhas. Mas quando se afastam, os vis vulcões morrem. Fustigados pelo vento e pelas ondas começam, lentamente, a submergir.

    5. No entanto, nem tudo é uma desgraça. Quando uma velha ilha desaparece, surge uma nova em cima da zona quente. Surgiu “recentemente” uma nova ilha do Havai, chamada Loihi que já tem quase 3 quilómetros de altura. Os Geógrafos têm estado a enviar para baixo de água submarinos equipados com câmaras para verificarem os progressos do pequeno Loihi. Mas vão ter muito que esperar. Vão ser necessários pelo menos mais 60.000 anos para o Loihi espetar a sua cabeça para fora do mar…

  • As ilhas continentais

    Localização: Perto dos continentes

    Como surgem: encontras estas ilhas à volta das margens dos continentes. Se o mar invade uma porção de terra e isola os pedaços de terra alta, estes projetam-se como ilhas. Muitas ilhas continentais surgiram quando terminou a última Idade Glaciar, há cerca de 10.000 anos. Antes disso, gigantescos glaciares cobriam um terço da Terra. Quando o clima aqueceu, estas fatias de gelo derreteram-se e foram despejadas no mar quantidades colossais de água. Isto fez com que o nível do mar subisse e grandes nacos de costa ficassem encalhados. As Ilhas Britânicas são disto um bom exemplo. Há muito tempo, estavam ligadas ao continente europeu, e o Canal da Mancha, entre os dois, era terra seca e podia atravessar-se a pé.

     

     

    Ilha continental

     

    Atenção! Alerta de lição de geografia.

    Há cerca de 2oo milhões de anos (muito antes de a tua querida avozinha ter nascido), todos os continentes formavam um gigantesco pedaço de terra, Pangeia, rodeado por um imenso mar. No decorrer de milhões e milhões e milhões de anos, o pedaço colossal dividiu-se numa quantidade de pedaços mais pequenos que se foram afastando uns dos outros muito lentamente. Alguns pedaços tornaram-se nos continentes que temos hoje. Outros pedaços tornaram-se ilhas, como a maravilhosa Madagáscar, no Oceano Índico. Até há aproximadamente 65 milhões de anos atrás, fazia parte de África. Topas?

    Pangea

    Ontem e hoje

  • Sobre a Gronelândia...!

    Ficha de factos da ilha da Gronelândia

    NOME: Gronelândia (Gronland — «Terra Verde»)
    LOCALIZAÇÃO: Oceano Atlântico Norte
    DIMENSÃO: 2.175,600 Km2
    TIPO DE ILHA: Continental
    CIDADE CAPITAL: Nuuk
    POPULAÇÃO: 56.000FACTOS EXTRAVAGANTES:

    • Tem um clima frio e duro. Mesmo no pico do Verão, a temperatura está abaixo dos 10 Cº.
    • Cerca de 80 % da ilha está coberta por uma espessa camada de gelo.
    • O pedacinho mais quente da ilha situa-se na costa sudoeste e é aí que vive a maior parte da população.
    • A maior parte dos habitantes vive da pesca do alábote, doredfish, de lagostins e camarões.

    Gronelândia

  • Questionário a um náufrago...?

    1. Estás abandonado na tua ilha deserta e ansioso por uma bebida. O problema é que, apesar de estares rodeado de água, ela é tão salgada que te vai deixar enjoado. Como é que, afinal, podes matar a sede que sentes?

    a) Cavando um buraco fundo no chão
    b) Esperas que chova — e depressa
    c) Bebes o teu próprio chichi

    2. Oh, céus, fala-se em água e eis que começa a chover a potes. Construíste uma cabana, com madeira que deu à costa, mas ainda não a acabaste. O que podes usar para fazer um telhado à prova de água?

    a) Algas secas
    b) Ramos de palmeira
    d) Conchas

    3. Que estranho barulho é este? Parecem trovões? Oh, não, é a tua barriga a dar horas. Todo este trabalho deixou-te esfomeado, mas o que há aí para comer? Ouviste dizer que polvo assado é muito saboroso. Mas como garantes que um polvo não te escapa?

    a) Agitas-lhe uma noz de coco
    b) Pões-lhe à perna um tubarão caçador de polvos
    c) Apanha-lo numa ratoeira

    4. Ui! Foi por pouco. Um coco caiu da árvore e falhou a tua cabeça por muito pouco. Felizmente conservaste-o (ao coco, assim como a cabeça). Mas para que diabo vais tu usar a tua recém conquis­tada noz?

    a) Guardar coisas lá dentro
    b) Manteres-te limpo
    c) Uma saborosa refeição ligeira

    5. Há já semanas que estás na tua ilha, tendo como única com­panhia o teu polvo (sim, reparámos que desististe de o comer). Estás agora desesperado por ter alguém com quem falar. Como conseguirás levar a cabo uma fuga rápida?

    a) Nadas
    b) Constróis uma canoa
    c) Esperas que um navio te encontre

    Hum...???

    Vê aqui as respostas

  • O futuro das ilhas...

    Com as suas lagoas cristalinas e praias de areia branca, as ilhas Maldivas são esconderijos ideais para umas boas férias. Mas se estás a planear uma visita, é melhor que calces os patins. Infelizmente, estas ilhas selvagens podem não ficar por cá durante muito mais tempo. E a má notícia é que os culpados são os humanos.

    Porquê?

    Bom, estamos a tornar a Terra demasiado quente. Os cientistas chamam ao fenómeno aquecimento global, e embora possas pensar que isso até não é mau, especialmente para uns dias de férias, na realidade, pode significar um desastre. Aqui fica um horrível aviso climatérico…

    1. Os humanos estão a bombear toneladas de gases, como o dióxido de carbono, para a atmosfera. Escapa-se dos carros e das fábricas, da queima de árvores da floresta…

    2. Estes gases medonhos actuam como se fossem um enorme cobertor embrulhado à volta da Terra. Prendem o calor que vem do sol e mantêm a Terra quente como uma torrada.

    3. Mas também impedem que o calor excedente se escape, o que está a tornar a Terra terrivelmente quente. E isso quer dizer que vai haver problemas.

    4. Se a Terra ficar demasiado quente, os lençóis de gelo e os glaciares poderão derreter, e será o fim das zonas polares…

    … o que fará com que o nível do mar suba e afogue as ilhas mais baixas.

    Dióxido de carbono

    Aquecimento e efeito de estufa

     

    Muito calor...

     

    Ilhas...

  • A maior ilha do mundo

    Sentes-te com coragem? Avança, tenta esta experiência.

    Enquanto a tua professora de Geografia está a fazer o intervalo para o chá, bate suavemente à porta da sala de professores e faz a pergunta…

    Sim e não...

    A resposta é sim… e não! Alguns geógrafos concordam que a Gronelândia é gigantesca (é uma região autónoma da Dinamarca e fica localizada no continente Norte Americano com 2,130,800 Km2), mas defendem que a maior ilha do mundo é, de facto, a medonha Austrália, que é três vezes maior. Outros dizem que, apesar da Austrália ser maior (e rodeada por mar), trata-se antes de um continente, e de maneira nenhuma de uma ilha. Então, em quem acreditas tu?