1. As trovoadas acontecem quando o ar húmido próximo da superfície da terra é aquecido pelo sol e começa a subir. As trovoadas acontecem quase diariamente em algumas regiões tropicais do mundo. À medida que o ar quente sobe, arrefece e condensa-se e cria gigantescas nuvens cúmulo-nimbo.
2. Outras tempestades iniciam-se nas frentes frias, quando o ar frio força o ar quente para cima. Crescem numa linha chamada linha ou frente de tempestade. Por vezes, a tempestade na ponta da linha torna-se cada vez mais forte. Estas tempestades designam-se por «super-células» e são as maiores trovoadas do mundo. Muitas vezes trazem também um amigo: um tornado!
3. Se queres experimentar um pouco do que é fazer uma previsão do tempo, espera pela próxima trovoada. Então diz a toda a gente que não se preocupe, pois ela terminará daí a trinta minutos. Provavelmente acertarás, pois a maior parte das trovoadas esgotam rapidamente o vapor (e a força).
4. As trovoadas estão atulhadas de energia. Suficiente para alimentar a totalidade dos E. U. A. durante cerca de vinte minutos. E se pensares que todos os dias existem cerca de quarenta e cinco mil trovoadas a soprar violentamente através do mundo, isso é uma pavorosa quantidade de energia. Existem, pelo menos, cerca de duas mil tempestades a desvanecer-se enquanto lês estas linhas.
5. Tudo o que sobe tem de descer. Numa nuvem de tempestade o ar que ascende tem eventualmente de descer e isto origina fortes correntes bruscas de ar (descendente) que se chamam micro-explosões. Elas arrastam consigo chuvas torrenciais. Pior ainda, quando uma micro-explosão assassina atinge o solo, rebenta para os lados, originando ventos de até 160 km/h. Particularmente perigosos para os aviões. Em 1983 uma micro-explosão atirou com um avião ao chão quando este descolava de Nova Orleães, nos E. U. A. E não há método fácil de prever onde uma destas micro-explosões atacará.
6. À medida que uma nuvem de trovoada suga ar quente, correntes tempestuosas de vento são atiçadas no seu interior. Elas correm nuvem acima tão depressa que podem arrancar as asas de um avião. E arrastar pilotos através de uma jornada aterradora, como o aviador americano, o tenente-coronel William Rankin, descobriu em Julho de 1959. Ele sobrevoava o litoral do estado da Carolina, nos E. U. A., quando o motor do seu caça de combate subitamente falhou. O avião ficou desgovernado e Rankin foi forçado a saltar de pára-quedas… direitinho para uma nuvem de trovoada. Incrivelmente, ele sobreviveu para poder contar a história.