• Trovoadas, raios, furacões, tempestades e afins...
    Sabias que a qualquer momento na Terra estão milhares de trovoadas a formar-se?
  • Trovoadas, raios, furacões, tempestades e afins…

    Relâmpago

    Sabias que a qualquer momento na Terra estão milhares de trovoadas a formar-se?

    E uma poderá estar perto de ti! Se está, prepara-te para um espectáculo de fritar. Sobressalta-te quando o céu se torna negro-violáceo com terríveis, gigantescas e violentas nuvens de trovoada.

    Treme quando os fogos-de-artifício realmente começam. Grita (de horror ou de delícia — escolhe qual) enquanto o clarão cegante de um raio é rapidamente seguido por um ensurdecedor ribombar de um trovão. Crash! Bang! Bum! E já acabou tudo… ou será que já?

    Atenção, a coisa está a recomeçar toda outra vez!

  • Abrigo anti-tempestades

    Não tens um abrigo anti-tempestade? OK, não é preciso entrar em pânico. Se tens tempo, podes sempre reforçar as tuas janelas e portas com placas de madeira e afastar toda a mobília das janelas. Agora vai para a casa de banho — uma boa escolha, pois as canalizações reforçam as paredes. Melhor ainda, enfia-te na banheira. Ou esconde-te debaixo das escadas ou de colchões. O que quer que faças, mantém-te longe de janelas e espelhos — vidros voadores podem ser mortais. E por favor, por favor, p-o-r-f-a-v-o-r — não vás lá para fora para uma dar espreitadela.

    Para onde quer que tenhas ido, mantém-te aí até a tempestade estar mesmo completamente terminada — particularmente se for um furacão. E não deixes a tempestade enganar-te. Se o tempo se torna subitamente calmo e pacífico, fica exactamente onde estás. Isto pode ser o olho da tempestade, recorda-te, com o resto da mesma logo atrás!

    Mantém a tua caixa de primeiros-socorros bem fornecida e à mão. Irás precisar de água potável (para ficar do lado da se­gurança — guarda o suficiente para alguns dias), comida enlatada (mas não te esqueças do abre-latas), sacos-cama, uma lanterna (e muitas pilhas). Certifica-te de que o teu rádio também funciona a pilhas.

    Estou pronto!

    Mas, e se fores apanhado na rua? Mantém a calma. Procura uma vala e deita-te nela ao comprido ou abriga-te debaixo de uma ponte robusta. Mantém a cabeça protegida de quaisquer detritos voadores. O que quer que faças, não esperes por um tomado ou furacão no teu carro — será inútil contra os ventos uivadores. Sai dele e deita-te ao comprido no chão ou vai para um abrigo… depressa.

    Estabelece o teu próprio abrigo anti-tempestades

    Material necessário:

    Dois bocados de madeira compacta; Montes de cimento (ou um cilindro de cimento); Uma pá.

    Modo de proceder:

    a) Cava um grande buraco debaixo da tua casa, com cerca de 1,5 mt. de largura, 2,5 mt. de comprimento e 2 mt. de profundidade. Isto é suficientemente grande para abrigar oito pessoas (talvez seja melhor pedir autorização aos teus pais antes de começares).

    b) Reveste o buraco de cimento ou enterra aí o cilindro (se o tempo está a esgotar-se, esquece o cimento. Atira-te para dentro do buraco… depressa).

    c) Faz umas portas com a madeira.

    d) Abastece o abrigo de comida e água.

    e) Vai lá para dentro e segura-te… com força!

    Manual para tempestades

  • 6 factos ribombantes sobre tempestades

    1. As trovoadas acontecem quando o ar húmido próximo da superfície da terra é aquecido pelo sol e começa a subir. As trovoadas acontecem quase diariamente em algumas regiões tropicais do mundo. À medida que o ar quente sobe, arrefece e condensa-se e cria gigantescas nuvens cúmulo-nimbo.

    2. Outras tempestades iniciam-se nas frentes frias, quando o ar frio força o ar quente para cima. Crescem numa linha chamada linha ou frente de tempestade. Por vezes, a tempestade na ponta da linha torna-se cada vez mais forte. Estas tempestades designam-se por «super-células» e são as maiores trovoadas do mundo. Muitas vezes trazem também um amigo: um tornado!

    A Frente Fria gera uma tempestade

    3. Se queres experimentar um pouco do que é fazer uma pre­visão do tempo, espera pela próxima trovoada. Então diz a toda a gente que não se preocupe, pois ela terminará daí a trinta minutos. Provavelmente acertarás, pois a maior parte das trovoadas esgotam rapidamente o vapor (e a força).

    Mais minuto, menos minuto...

    4. As trovoadas estão atulhadas de energia. Suficiente para alimentar a totalidade dos E. U. A. durante cerca de vinte minutos. E se pensares que todos os dias existem cerca de quarenta e cinco mil trovoadas a soprar violentamente através do mundo, isso é uma pavorosa quantidade de energia. Existem, pelo menos, cerca de duas mil tempestades a desvanecer-se enquanto lês estas linhas.

    5. Tudo o que sobe tem de descer. Numa nuvem de tempestade o ar que ascende tem eventualmente de descer e isto origina fortes correntes bruscas de ar (descendente) que se chamam micro-explosões. Elas arrastam consigo chuvas torrenciais. Pior ainda, quando uma micro-explosão assassina atinge o solo, rebenta para os lados, originando ventos de até 160 km/h. Particularmente perigosos para os aviões. Em 1983 uma micro-explosão atirou com um avião ao chão quando este descolava de Nova Orleães, nos E. U. A. E não há método fácil de prever onde uma destas micro-explosões atacará.

    Micro explosões!

    6. À medida que uma nuvem de trovoada suga ar quente, correntes tempestuosas de vento são atiçadas no seu interior. Elas correm nuvem acima tão depressa que podem arrancar as asas de um avião. E arrastar pilotos através de uma jornada aterradora, como o aviador americano, o tenente-coronel William Rankin, descobriu em Julho de 1959. Ele sobrevoava o litoral do estado da Carolina, nos E. U. A., quando o motor do seu caça de combate subitamente falhou. O avião ficou desgovernado e Rankin foi forçado a saltar de pára-quedas… direitinho para uma nuvem de trovoada. Incrivel­mente, ele sobreviveu para poder contar a história.

  • O que é um furacão?

    Chamam-se furacões no Atlântico, tufões no Pacífico, ciclones no oceano Índico, e na Austrália são conhecidos por willy-willies (ou limpadores de algodão). Mas chames-lhes o que quiseres, todos eles significam exactamente a mesma coisa. Super-tempestades rodopiando furiosamente que sopram violentamente através dos mares como gigantescos fogos-de-artifício cósmicos. Esquece as trovoadas e os tornados. É oficial: os furacões são as mais perigosas tempestades da Terra! Elas matam mais e provocam mais danos que todos os outros tempos tempestuosos em conjunto.

    Rotas dos furacões

    Um furacão começa no mar. Mas é um pouco picuinhas com o tipo de mar que escolhe. Tem de ser belo, quente e húmido. Algo verdadeiramente tropical como o mar das Caraíbas. A mistura de calor e vapor de água é vital — é o almoço ideal para o violento furacão e é o que gera as nuvens e a chuva. A propósito, um furacão suga cerca de dois mil milhões de toneladas de água por dia, depois vomita-a toda cá para baixo sob a forma de chuva!

  • Dentro do furacão...

    1. O mar quente aquece o ar acima de si. O ar quente e húmido sobe rapidamente…

    2. …criando uma baixa pressão à superfície (da terra… ou melhor, do mar). Mais ar penetra na baixa pressão, começando a elevar-se num movimento em espiral.

    3. A rotação da Terra (lembras-te da força de Coriolis) faz o ar ascendente rodopiar em redor de um centro chamado o olho.

    4. O ar ascendente arrefece, condensa e forma gigantescas nuvens de trovoada e chuvas torrenciais.

    5. O furacão desanda para longe. Adeusiiiinho!

    Os ventos dos furacões sopram no sentido inverso (dos pon­teiros do relógio) a norte do Equador e no sentido directo (dos ponteiros do relógio) a sul.

    No interior do furacão...

  • O olho do furacão!

    No meio dos ventos e nuvens rodopiantes existe um pedaço circular de pressão atmosférica em queda abrupta de cerca de 6 km a 60 km de largura. Chama-se o olho da tempestade. És suficientemente bravo para olhares a tempestade olhos nos olhos? Alguns corajosos geógrafos fazem exactamente isso como profissão. Voam direitinhos ao olho em aviões especiais de caça aos furacões. Por que razão correm esse risco? Bem, é a única maneira de fazer medições/observações precisas (dos parâmetros) da tempestade. Assim, eles são capazes de prever quão má é a tempestade e em que direcção está a ir. (Também são seguidas por satélite e radar.) E então podem dar o alarme.

    Sonda meteorológica

    Espantosamente, o tempo dentro do olho de um furacão é maravilhoso, com claros céus azuis e ventos suaves. Completamente diferente do caos rugindo ao seu redor. De facto, é tão limpo de nuvens que podes por vezes ver a superfície do mar lá em baixo e as estrelas lá em cima.

    ... ou talvez não!

    Por vezes, os pilotos observam milhares de aves marinhas aterrorizadas, aprisionadas dentro deste círculo de calmaria. Se estiveres em terra, há uma paragem na tempestade enquanto o olho passa sobre ti. No entanto, não te deixes enganar — o que deves fazer agora é procurar abrigo! É apenas a bonança antes de a outra metade da tempestade aparecer por aí a rebentar.

  • Batizo este Furacão de...

    Assim que um furacão é descoberto é-lhe dado um nome, para evitar confusões posteriores. Os nomes são tirados de uma lista, estabelecida por ordem alfabética. Uma lista nova é feita todos os anos. O baptismo de furacões iniciou-se em 1890 com um meteorologista australiano chamado Clement L. Wragge. Começou a baptizar os furacões com os nomes de políticos particularmente desagradáveis. Que não ficaram de modo nenhum satisfeitos.

    O sistema de baptismo do século XX começou com um operador de rádio americano amante da música. Sucedeu durante a segunda guerra mundial. Enquanto o seu colega transmitia notícias sobre uma tempestade para um piloto de aviões dos EUA, ele podia ser ouvido em fundo… a assobiar! A canção nos seus lábios tinha o arrebatador nome de «Toda a pequena brisa parece sussurrar o teu nome, Luísa!». A tempestade foi imediatamente chamada de Luísa e o costume pegou.

    Furacão Andrade!

    Depois disto, todos os furacões foram baptizados com nomes de mulheres, regra geral esposas e namoradas dos meteorologistas. Até que elas protestaram e nomes masculinos foram adicionados à lista. Os furacões particularmente horríveis vêem os seus nomes riscados da lista, para que nunca mais voltem a ser usados. Consegues pensar em alguém cujo nome gostarias de usar para baptizar um furacão? Que tal o do teu professor de Geografia favorito?

  • Despista o teu professor...!

    Atreves-te a roubar as fulminações do teu professor? Levanta a tua mão e diz:

    Bron-to-fó-bi-co...

    Isto quer dizer que:

    1. Tens medo de trovões?
    2. Tens medo de brontossauros?
    3. Tens medo de participar num jogo de futebol?

    E existem muitas outras fobias do clima que talvez possam tornar-se úteis desculpas. Que tal uma ombrofobia (medo da chuva), anemofobia (medo dos ventos), cionofobia (medo da neve), ceraunofobia (medo dos trovões) e homiciofobia (medo do nevoeiro)! Tens os sintomas para algumas destas?

    Fobias...

    Resposta: A) Brontofóbico é o termo técnico para quem tem medo de trovões.

  • O que é um relâmpago?

    Relâmpago

    Quando o ar se precipita tumultuosamente para cima e para baixo dentro de uma nuvem de trovoada, tem um efeito electrificante.O ar faz que as gotas de água e as partículas de gelo dentro da nuvem choquem umas contra as outras. Todos estes choques e encontrões acumulam uma fartura de electricidade estática. O relâmpago que vês numa tempestade a cruzar o céu é uma descarga gigantesca de electricidade estática. Do mesmo tipo da que apanhas quando despes a tua camisola de lã muito depressa, fazendo o teu cabelo estalar e ficar espetado. Eis como os relâmpagos fazem flash:

    1) Cargas eléctricas positivas acumulam-se no topo da nuvem. As cargas negativas acumulam-se na base. O solo está também carregado positivamente.1, 2, 3, relâmpago!

     

    1, 2, 3... relâmpago!

    2) Quando a diferença de carga se torna demasiado grande, o relâmpago ocorre entre as cargas negativas e positivas. Dentro de uma nuvem é designado por relâmpago difuso.

    3) O relâmpago que dardeja entre a nuvem e o solo e depois retorna à nuvem é chamado relâmpago em ziguezague ou simplesmente relâmpago.

    O relâmpago em ziguezague percorre o caminho mais fácil para o solo. Isto muitas vezes quer dizer o mais rápido. Arvores e edifícios altos são os alvos favoritos. Felizmente, a maior parte dos relâmpagos mantêm-se a salvo dentro da sua nuvem ou saltam de uma nuvem para outra. Mesmo assim, os horríveis geógrafos calculam em cerca de cem os relâmpagos que atingem a Terra em cada segundo!

    Quando vês um relâmpago, estás também a ver o relâmpago de retorno da terra para a nuvem. Para os teus olhos parece um único, longo e tremeluzente relâmpago. Isto sucede porque viaja tão depressa (à velocidade-relâmpago de mais de cento e quarenta mil quilómetros por segundo). De facto, existem cerca de trinta ou mais descargas separadas correndo entre a nuvem e o solo. Cada descarga dura apenas uma pequena parte de um segundo. Os teus olhos apenas conseguem distinguir o conjunto destes mini flashes, razão pela qual a coisa toda parece tremeluzir.

    Conheces o ditado «o relâmpago nunca cai duas vezes no mesmo sítio»? Bem, isso é um disparate, porque cai. O Empire State Building é atingido cerca de quinhentas vezes por ano.

  • Meteorologista... eu?

    Hoje em dia existem milhares de meteorologistas por todo o mundo tentando compreender o tempo. Quanto mais conhecem, mais vidas e casas podem ser salvas. As boas notícias são que eles estão sempre a aprender. A má notícia é que a meteorologia não é uma ciência exata. O que quer dizer que as coisas podem correr mal. Horrivelmente mal. Podes culpar a esquisita atmosfera por isso. O modo como muda a cada segundo torna-a extremamente difícil de perceber.

    Tens aquilo que é necessário para te tornares num meteorologista? A observação de tempestades é uma profissão para ti? Antes de iniciares a primeira lição, responde a estas três simples perguntas:

    1. És um mega-craque em Matemática? Sim/Não
    2. Um génio com computadores? Sim/Não
    3. Tens boa vista? Sim/Não

    Hum...

    Quais foram os teus resultados?

    Se respondeste sim a todas as questões, parabéns! És um potencial meteorologista. Muita da meteorologia significa realizar grandes somas e fazer coisas nos computadores. A boa vista é útil porque mesmo com montes de horrível equipamento de alta tecnologia o melhor modo de manter um olho no tempo é ir lá para fora e observá-lo.

  • Meteorologia em marcha...

    Os cientistas apanhados do clima que estudam o tempo chamam-se meteorologistas. Mas o que é que a meteorologia tem a ver com o tempo? Na verdade, este nome vem das antigas palavras gregas metéōron e lógos que significam “meteoro” e “conhecimento” respetivamente, ou seja, o conhecimento dos meteoros! Os antigos gregos achavam que os meteoros (que acreditavam ser feitos de terra, ar, fogo e água!) eram o que provocava o tempo tempestuoso. Agora nós sabemos que os meteoros são pedaços de rocha que se destacam dos cometas e zumbem através do espaço. E não têm nada a ver com o tempo! Mas o nome pegou na mesma!

    Um dos primeiros meteorologistas foi Aristóteles. Ele foi um grego e viveu no quarto século antes de Cristo. Por volta de 340 a. C, escreveu o primeiro de todos os livros sobre o tempo. Chamava-se Meteorologica. Que palavrão! Nele Aristóteles expôs as suas novas ideias. Embora não tivesse acertado em tudo, as pessoas acreditaram nas suas ideias durante quase dois mil anos.

    No século XVI as coisas tomaram um autêntico rumo cien­tífico. Os geógrafos horríveis começaram a fazer experiências genuínas sobre o tempo, em vez de apenas se porem a olhar para os céus tempestuosos. Também inventaram novos instru­mentos para medir e registar o que o tempo fazia. Torricelli inventou o barómetro e o seu próprio professor de Geografia, Galileu Galilei, inventou o termómetro.

    Aristóteles

  • Granizo...?

    As trovoadas têm uma surpresa guardada. Imagina a cena. Estás encharcado até aos ossos e começas a parecer-te com uma ratazana afogada quando, subita­mente, o que parece ser a carga de um camião de pedras de granizo duro como rocha começa a bater-te na cabeça.

    Granizo

    As pedras de granizo nascem em nuvens de trovoada, quando os cristais de gelo são arremessados para cima e para baixo. De cada vez que isto acontece, uma camada de água gela ao redor do cristal. Quando este é suficientemente pesado, cai sob a forma de granizo. Se cortares ao meio uma pedra de granizo, esta vai parecer-se com uma cebola gelada, com camadas alternadas de gelo límpido e gelo picado.

    Cinco pilotos alemães conheceram aquilo por que passa um cristal de gelo. Em 1930 saltaram de pára-quedas do seu avião para uma nuvem de trovoada. Apenas para se tomarem núcleos humanos de pedras de granizo. Cobertos por camadas de gelo, finalmente tombaram, gelados, no chão. Tragicamente quatro pilotos morreram. Foi um milagre que pelo menos um piloto tenha sobrevivido.

    Granizo... ou talvez não!

    Uma pedra de granizo do tamanho de uma melancia que caiu em Coffeyville, no Kansas, E. U. A, em Setembro de 1970. Pesava 750 g e tinha um diâmetro de 45 cm — e isto é um recorde mundial.

    Granizo do tamanho de melancias!

    A maior parte das tempestades de granizo podem durar menos de dez minutos mas podem causar milhões de euros de prejuízo. Partem telhados e janelas, esmigalham pára-brisas de carros, despojam as árvores das folhas e arrasam completamente as searas dos agri­cultores, quebrando ramos de plantas da grossura do teu polegar. O problema é tão grave que os agricultores podem fazer seguros especiais contra o granizo.

  • Guia das boas tempestades

    O tempo tempestuoso mantém-te quente. Os raios solares não aquecem a Terra uniformemente. Faz um calor de assar no equador, porque os raios solares atingem-no directamente. Faz frio nos pólos porque os raios tocam-nos de esguelha. O bom e velho tempo tempestuoso ajuda a partilhar este calor e impede que as regiões tropicais fiquem horrivelmente quentes e os pólos excessiva­mente frios de bater o dente. Como é que o faz? A resposta é soprada pelo vento. Os ventos transportam o calor de sobra do equador para os pólos e o glaciante ar polar para os trópicos. E com todo este quente e frio ainda se fala de mudar de ideias como um cata-vento.

    A importância do sol e dos ventos

    O tempo tempestuoso criou a vida na Terra. A sério! Os cientistas nos E. U. A. fizeram um relâmpago artificial atravessar uma mistura de gases similar à dos da atmosfera. E pronto! Isto produziu compostos químicos, chamados aminoácidos, que são considerados os blocos construtores de toda a vida na Terra.

  • Meteorologia em 5 passos...

     

    Eureka! Um Mapa Meteorológico!!!

  • O que é um tornado?

    Que é que rodopia como um pião, ruge como um leão e pode reduzir uma casa a pedaços? Isto pode parecer exatamente o teu professor com um ataque de raiva, mas a resposta correta é um terrível tornado. Um tornado é uma tempestade em forma de funil, horrivelmente violenta, que desce em espiral a partir de uma nuvem de trovoada. Se um tornado desata a dançar o twist perto de ti, não fiques por perto para apreciar. Ele irá desfazer em pedaços tudo o que apanhar no caminho. O pro­blema é que nunca consegues prever onde um terrível tornado atacará a seguir…No estado do tempo uma coisa leva sempre a outra. Recordas-te das trovoadas em super-célula? As que se desenvolvem ao longo das frentes frias? Pois é nelas que nascem os tornados. Os geógrafos não sabem exactamente o que é que faz os tornados mexer. Mas podem adivinhar. És suficientemente corajoso para descobrir como é que se desenvolve um tornado?

    1. Dentro da nuvem de trovoada o ar começa a subir, porque está a ser aquecido pela superfície da terra ou do mar e a rodopiar, ajudado pela Força de Coriolis.

    2. À medida que o ar rodopia, estende-se para baixo na direcção do ar mais quente, perto do solo. Também começa a rodar mais depressa. Este rodopio suga mais ar quente situado junto do solo.

    3. À medida que o ar quente sobe, arrefece e condensa, formando uma nuvem rodopiante em forma de funil.

    4. A nuvem parece uma tromba de elefante pendendo da nuvem de trovoada. Quando toca o solo chama-se um tornado. E então, arranca…

    Os tornados rodam no sentido inverso (ao dos ponteiros do relógio) a norte do Equador e no sentido directo (dos ponteiros do relógio) a sul.

    Ar aquecido sobe

    O ar é sugado

    O ar sobe, arrefece, condensa

    E temos o nosso tornado

     

    Classificação dos Tornados de Fujita

    Classificação Fujita

    Classificação Fujita

  • O que é o "Efeito de Estufa"?

    É bom que as tempestades tenham alguns pontos favoráveis, pois o futuro parece determinado em ser cada vez mais tempestuoso. Isto graças — sim, adivinhaste — às coisas que nós, os horríveis humanos, estamos a fazer para perturbar a atmosfera. Então, o que é que estamos a fazer ao clima? Para começar, estamos a provocar o sinistro efeito de estufa.

    Aquecimento e efeito de estufa

    Efeito de Estufa

    Menos de metade do calor vindo do Sol consegue chegar à Terra. Em vez disso, é absorvido durante o seu percurso através da atmosfera. Mas a Terra mantém-se aconchegada e quente porque os lúgubres gases da atmosfera impedem o calor de fugir para o espaço exterior. De outro modo o nosso planeta inteiro estaria coberto de gelo — magnífico para esquiar, mas quererias isso durante o ano inteiro? A atmosfera funciona um pouco como os painéis de vidro (ou de plástico) na estufa do teu avô: deixa entrar o calor mas impede-o de sair. É por isso que é chamado de efeito de estufa.

    Então, qual é o problema?

    O problema é que a quantidade de lúgubres gases de estufa na atmosfera está a aumentar. Tanto que estão a tornar a Terra demasiado quente. Os cientistas não conseguem concordar exactamente em quanto mais quente o mundo ficará. Admitem que a Terra inteira aquecerá cerca de mais 2°C por volta do ano 2050. O que não parece ser muito mas poderá ser desastroso. Mesmo que a Terra fique apenas alguns graus mais quente, isto poderá significar tempo mais tempestuoso. Talvez possam ocorrer mais chuvas e mais trovoadas. E se os oceanos ficarem mais quentes talvez possam vir a existir mais lugares onde os furacões poderão formar-se.

    De quem é a culpa?

    A má notícia é que somos nós — os humanos. Eis como: o principal gás de estufa é o dióxido de carbono — é a mesma coisa que tu expiras. Também existe nos fumos dos tubos de escape dos camiões e carros, na poluição das fábricas e estações eléctricas e ao queimar demasiadas árvores das florestas tropicais. E estamos a despejar toneladas dele na atmosfera. Depois há os CFC (clorofluorcarbonetos) e o pestilento metano das lixeiras.

  • Numa tempestade deves...

    1) Acocorar-te no chão. Estar na rua durante uma tempestade é muito arriscado. A maior parte das fulminações acontecem em lugares abertos, como parques e campos. Se fores apanhado num espaço aberto, acocora-te bem baixo, com os pés juntos e as mãos nos joelhos. Isto torna-te um alvo menos fácil. Não te deites ao comprido no chão. O solo molhado pode ser um exce­lente condutor.

    Rasteirinho...!

    2) Usar as tuas galochas. Andar no exterior está cheio de perigos. Mas usar botas de borracha é uma boa jogada. As galochas são feitas de borracha, que é um pobre condutor de electricidade. Bloqueiam o percurso do relâmpago em direcção ao chão e ele vai por outro lado. Sem sequer tostar levemente os teus dedos dos pés.

    Galochas precisam-se...!

    3) Ficar dentro de um carro. Sentares-te resolutamente dentro do teu carro é uma aposta muito segura. O relâmpago corre ao longo do corpo metálico do carro até aos seus pneus de borracha. Deixando-te a ti em paz.

    Fica dentro do carro

    4) Voar num avião. Se estás num avião e o relâmpago ataca, podes preparar-te para uma viagem cheia de solavancos. Mas estarás relativamente seguro. Tal como um carro, o avião tem um corpo metálico que conduz a corrente à tua volta. Mesmo antes de um avião voar sequer pela primeira vez é tostado com relâmpagos falsos num laboratório. Só para se ter a certeza absoluta de que é seguro. Existe mesmo uma cobertura especial à prova de relâmpagos ao redor de todos os aparelhómetros do cockpit.

    Apanha um avião...

    5) Ficar em casa. Este é, sem dúvida, o lugar mais seguro para estar. Se queres mesmo ficar tão seguro como uma casa, mantém-te no inte­rior e observa a tempestade a partir do conforto da tua poltrona…

    Que bom...!?!

  • Numa tempestade não deves...

    1) Ficar debaixo de uma árvore grande. Os relâmpagos per­correm sempre o caminho mais rápido para o solo; portanto, as árvores e os edifícios altos são os que estão sob maior risco. O mesmo se verifica com os postes de fios telefónicos (e de eletricidade) e topos das montanhas (montanhistas, cuidado!). NUNCA fiques debaixo de uma árvore numa tempestade. Particularmente se estiver isolada. Uma descarga certeira pode demolir completamente até a árvore mais robusta. Podes até ser atingido por pedaços voadores da casca que rebentem do tronco. Isto acontece quando a seiva da árvore (que é um bom condutor) expande com o calor. E para ter a certeza que acabou contigo depressa e completamente, a árvore pode cair-te em cima. Madeeeiira!

    Debaixo de árvores nunca...!

    2) Jogar uma partida de golfe. Jogar golfe pode danificar seriamente a tua saúde. Em parte porque se estás num campo de golfe és, muito provavelmente, a coisa mais alta ao teu redor — um alvo perfeito para um relâmpago. E os tacos metálicos de golfe são excelentes condutores. Portanto, esquece o golfe. A menos que vivas no Arizona, E. U. A. Aí, um clube de golfe p’ràfrentex tem sensores especiais no telhado da sede do clube. Estes podem detectar relâmpagos até cerca de 48 km de distância. Nesse caso, uma sirene toca a avisar os jogadores.

    Jogar golfe... NÃO!

    3) Ir pescar com o teu pai. Duas vezes mais pescadores são atingidos por relâmpagos que jogadores de golfe, porque muitos utilizam longas canas de fibra de carvão, que são excelentes condutores. O que quer que seja que faças, nunca saltes para dentro do rio. Os nadadores são, patos no choco — alvos fáceis — para os relâmpagos, porque a água é outro brilhante condutor.

    Pescar... hum, talvez não!

    4) Tornar-te sineiro. Nos tempos antigos as pessoas pensavam que podiam assustar os relâm­pagos ao tocarem-lhes os sinos das igrejas (pergunta à tua professora se ela se lembra desses tempos antigos). A combinação letal de se encontra­rem num alto campanário de igreja e a tocarem um sino de metal significou que muitos sineiros palermas acabaram fritos.

    Arranja outro emprego...!

    5) Telefonar a um amigo. Se estás a conversar ao telefone e um relâmpago cai nas proximidades, podes estar a preparar-te para um choque desagradável. Um relâmpago pode enviar uma descarga mortal através da tua linha telefónica. É melhor não usares o telefone durante uma tempestade e afastares-te de quais­quer outros equipamentos eléctricos como computadores e TV’s. Todos os anos, centenas de televisores explodem quando um relâmpago atinge a antena exterior e passa por dentro da casa. E cerca de vinte e oito pessoas morrem ao telefone…

    Não atendas o telefone!

  • O que é um trovão?

    Portanto, deverás ter mesmo medo dos trovões? Eles fazem de facto uma quantidade de barulho mas não te fazem mal algum. Mas como é que acontecem?

    Os relâmpagos são coisas muito enérgicas (e muito quentes). Cerca de cinco vezes mais quentes que a superfície do Sol, só para começar. E, enquanto atravessa o céu, o ar apanhado no seu trajeto é aquecido a uns inacreditáveis e tórridos 33 000°C. Isto faz expandir o ar a velocidades super-sónicas e envia ondas de choque através do céu. É isto que produz o som ressoante do trovão.

    Está longe ou perto?

    Já reparaste como numa trovoada vês (sempre) o relâmpago antes de ouvir o trovão, embora ambos ocorram exactamente ao mesmo tempo? Isto sucede porque a luz viaja através do ar muito mais depressa que o som. Enquanto o relâmpago ziguezagueia à caótica velocidade de 140 000 km/s, o som arrasta-se a uns míseros 340 m/s. Molengão. Tempestade ao virar da esquina? Faz este teste simples para adivinhar a que distância se encontra uma tempestade da soleira da tua porta.

    Material necessário:

    1.Tu;
    2.Uma trovoada;
    3.Um relógio com ponteiro dos segundos.

    Procedimento:

    1. Espera por um relâmpago e então olha para o teu relógio.
    2. Conta os segundos até ouvires o trovão.
    3. Divide o número de segundos por três. Isto diz-te a quantos quilómetros de ti se encontra a tempestade…

    Cuidado!!!

  • Sinais de aviso tempestuosos...!

    Consegues adivinhar a aproximação de uma tempestade? Em quais destes três sinais de aviso acreditas e quais são os que são demasiado estúpidos para serem verdade? Podes adivinhar que uma tempestade se aproxima porque:

    a) Tens uma dor de cabeça de rachar? Verdadeiro/falso

    b) O teu cabelo ficou em pé? Verdadeiro/falso

    Cabelos em pé!

    c) As nuvens tornaram-se verdes? Verdadeiro/falso

    d) O leite azedou-se? Verdadeiro/falso

    Vê aqui as respostas

  • O futuro das tempestades...!

    O único caminho a seguir é limpar as nossas ações! Precisamos de parar de queimar combustíveis como carvão, petróleo e ma­deira, os quais libertam fumos nojentos. Usar gasolina mais limpa nos nossos carros. Isto não quer dizer que deixes de usar desodorizante, infelizmente. Atualmente a maior parte dos desodorizantes são amigos da atmosfera e não contêm quaisquer CFCs. Os Governos do mundo inteiro assinaram um plano para limpar o planeta. É um começo, mas falta ainda percorrer um longo caminho.

    Então o tempo vai tornar-se mais tempestuoso? Ou é todo este sinistro aquecimento global apenas uma tempestade num copo de água? Surpreendentemente, é tão difícil de saber que até mesmo os horríveis geógrafos não conseguem concordar entre si. Ouve estes dois especialistas e verás por ti mesmo!

    No futuro...?!?

    Hum! Em quem é que deverás acreditar? Uma coisa que sabemos é que o tempo tempestuoso é horrivelmente imprevisível. Podes medi-lo, registá-lo, amostrá-lo e sondá-lo até a tua cabeça andar à roda e a tua cara ficar azul. E então, quando pensas que já sabes como funciona, ele vai e faz-te alguma de que não estavas mesmo nada à espera. E é isso que o torna tão interessante.